12 dicas para escolher o nome da empresa
Não basta oferecer produtos e serviços incríveis, contar com uma equipe qualificada e ter uma grande estrutura, se o nome da empresa não condiz com a qualidade da empresa. Parece exagero, mas escolher o nome da empresa é determinante no sucesso do empreendimento. Afinal, será ele, muitas vezes, o primeiro contato entre o seu negócio e o seu cliente.
Além disso, o nome é um dos principais responsáveis por possibilitar que um empreendimento seja reconhecido em um universo de grande concorrência. Ele cumpre o papel de atrair o público-alvo, além de contribuir no fortalecimento da marca dentro do mercado. Enfim, em grande medida, é o nome da empresa que confere identidade e traduz o DNA do negócio.
E é justamente por conta dessa importância que trazemos o post de hoje. Aqui, vamos te dar 12 dicas de como escolher um nome ideal para a empresa que você pretende iniciar. Então, continue lendo e confira!
1. Trabalhe de forma planejada
Não adianta simplesmente se sentar e começar a imaginar uma série de nomes que você considere interessantes. Para garantir seu sucesso, o nome deve estar diretamente relacionado ao propósito de sua empresa.
Como dissemos, o nome será uma espécie de cartão de visitas que, de maneira concisa, revela a essência do seu negócio ao público. É necessário, portanto, fazer um planejamento detalhado, realizar pesquisas, imaginar como o nome será recebido ao ser inserido no mercado, além de cogitar as possíveis reações dos clientes diante dele.
Esse processo de planejamento, estudo e definição do nome é chamado de “Naming” — e ele é tão importante quanto desafiador. Até porque, cada vez mais, o mercado se mostra altamente dinâmico e competitivo, repleto de grandes empresas e grandes nomes. Com certeza, não é fácil ser original e se destacar nesse cenário!
2. Aposte em nomes curtos
Nomes como Apple, Zara, Sony, Pepsi, Siemens ou Boticário estão frequentemente presentes na memória, dentre outros motivos, por serem nomes curtos, de fácil assimilação.
Imagine um cliente tendo de guardar um nome como Hewlett Packard ou Procter & Gamble. Não por acaso, essas são marcas que passaram a apostar suas fichas em suas respectivas siglas (HP e P&G). Ainda no ramo da tecnologia, pense no quão complicado seria trabalhar o nome International Business Machines. Melhor ficar com IBM, certo?
Pois é. Apesar da aparente simplicidade, os nomes curtos têm um enorme potencial para influenciar os hábitos de consumo, uma vez que são compreendidos, memorizados e compartilhados com mais facilidade.
3. Pense em um nome único
Na hora de escolher o nome da empresa, quanto mais singular ele for, melhor. Principalmente em relação a seus concorrentes diretos. Pense em como fica complicado para o cliente diferenciar, por exemplo, “A Pão de Queijaria”, da “Pão de Queijaria” e da “Pãodequeijaria”.
Pois bem, esses são todos exemplos reais de casas especializadas em pães de queijo, e localizadas na mesma cidade! Com certeza, muita gente comeu pão de queijo na casa “errada” por conta da similaridade dos nomes. Por outro lado, Puma, Adidas e Nike dificilmente confundirão seus clientes, por mais que atuem em um mesmo segmento.
Mas, sabemos, não é tão simples ser original e exclusivo na definição do nome da empresa. Só para ter ideia, a cada semestre, mais de 1 milhão de empresas são abertas no Brasil, segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas.
Inevitavelmente, muitas dessas empresas recém-nascidas são homônimas de outras empresas mais antigas. Até porque, admitamos: é difícil ter uma ideia que ninguém teve antes.
A boa notícia é que, com planejamento, criatividade e pesquisa, é plenamente possível escolher um nome diferenciado, que identifique seu negócio e realmente se destaque no mundo empresarial. Sendo assim, não hesite! Seja criativo, ousado e pense fora da caixinha para escolher um nome único, assim como seu negócio deve ser.
4. Use o próprio nome para a empresa
Em caso de empreendimentos familiares, utilizar o nome da família é uma opção comum. Entretanto, tal escolha pode gerar uma associação duradoura de um nome de família a um negócio específico, o que nem sempre traz benefícios.
Como o nome da empresa está intimamente relacionado à identidade corporativa do negócio, usar nomes próprios pode, sim, reforçar a personalidade do empreendimento.
Assim, se for um nome já reconhecido no mercado, pode ser uma boa aposta para agregar credibilidade e reconhecimento. Contudo, se o nome não criar nenhum diferencial positivo, poderá tranquilamente ser dispensado.
5. Fique atento a nomes em outros idiomas
Vou abrir uma cantina, e coloco um nome italiano. Uma creperia, e opto pelo idioma francês. Já quanto à tecnologia, combina com o inglês. Pois é; o que parece ser uma opção quase natural, deve ser muito bem pensada, para não dificultar a compreensão do nome pelo cliente.
De modo geral, é melhor apostar em nomes na língua nativa dos consumidores, pois isso simplifica a compreensão e padroniza tanto a escrita quanto a pronúncia.
Tomemos o exemplo da rede de lavanderias “5 à Sec”. Criada fora do Brasil, a empresa chegou aqui conservando o nome original. Ele vem da palavra “sec”, do francês “seco”, atrelada ao número 5, que remete às 5 características que a empresa aplica na execução de seus serviços.
Mas a verdade é que, ao observar o nome “5 à Sec” em alguma fachada, o cliente brasileiro dificilmente entenderia que se trata de uma lavanderia.
Outro exemplo é Ajinomoto, derivada do japonês “a essência do sabor”. Não estando este nome estampado em temperos e congêneres, quem poderia deduzir do que se trata? A menos que você domine o idioma japonês, certamente esse nome não te diria nada.
Ainda assim apesar de algumas ressalvas, nomes estrangeiros não devem ser descartados antes de fazer uma análise cautelosa. Até porque eles podem funcionar bem em alguns casos específicos.
No geral, nomes estrangeiros atraem consumidores da classe C e D, desde que sejam fáceis de ler, falar e escrever. Caso contrário, esses nomes não geram impacto e têm grandes chances de serem esquecidos.
6. Tome cuidado ao usar siglas
Em um tópico anterior, demos dois exemplos de como o uso de siglas pode funcionar melhor do que os nomes originais das empresas. Entretanto, vale ressaltar que se trata de siglas que remetem a empresas já consagradas. A General Motors não nasceu como GM, por exemplo.
De fato, o uso rotineiro da sigla vem após o estabelecimento da marca. Assim, ao apostar no uso da sigla, você deve ter certeza de que ela significa alguma coisa, e que facilitará a identificação do produto o qual ela representa.
Além disso, quanto melhor a sonoridade da sigla, maiores as chances de sucesso. Para uma companhia chamada Transportes Aéreos Marília, por exemplo, veja como fica muito mais simpático e atrativo chamá-la simplesmente de TAM.
Para facilitar a assimilação, alguns nomes que priorizam a sigla costumam trazer por extenso seu significado, até que a marca se consolide. Um exemplo é a FIAT, que, durante alguns anos, trouxe junto à sigla os dizeres Fabbrica Italiana Automobili Torino.
Além disso, nomes com siglas também devem dialogar com o tipo de negócio. No geral, elas combinam com escritórios, e as letras remetem a sobrenomes de peso no mercado.
Contudo, repare: nesse caso, as siglas geralmente vêm acompanhadas da identificação clara do ramo de atuação, como, por exemplo, LM Contabilidade, JR consultoria etc.
7. Escolha um nome que faça sentido
Faz algum sentido apostar em “Casa do Sabor” para um salão de beleza? Ou ainda, “Ponto Chic” para uma padaria? Nesses casos, percebe-se claramente que o nome escolhido não é coerente com a proposta da empresa.
Pois ter essa relação em mente é fundamental para uma escolha bem-sucedida, principalmente se a ideia for criar um nome totalmente novo, baseado em um neologismo.
“Cineplex”, por exemplo, denota alguma atividade relacionada a cinema, enquanto “Boi na Brasa” nos remete logo a uma churrascaria. Enfim, o nome deve contribuir na construção da imagem mental que o cliente vai fazer da empresa, mesmo sem conhecê-la profundamente.
Assim, ao ouvir falar do empreendimento, ou até mesmo ao ver a marca estampada em algum lugar, ele conseguirá associar o nome à área de atuação. Simples assim!
8. Opte por um nome simples de ler, escrever e pronunciar
Algumas vezes, o nome pode ser curto e de fácil redação, mas complicado para ser pronunciado. Um bom exemplo disso é “Reebok”, a marca internacional que desembarcou por aqui e gerou dúvidas sobre sua correta pronúncia. Quantas pessoas não compraram um “reboque” em lojas de calçados?
Então, se a sua ideia é fixar o nome da empresa, simplificá-lo é um bom caminho. Após pensar em opções, escreva-os, leia-os e pronuncie-os em voz alta. Peça para que outras pessoas façam o mesmo exercício e fique atento aos resultados.
Em inglês, português, italiano ou em qualquer idioma, o nome precisa ser fácil de ler, escrever e pronunciar. Por isso, fuja dos nomes com mais de uma pronúncia ou que tenha uma infinidade de palavras análogas. Fica a dica!
9. Escolha um nome atemporal e que não limite sua atuação
Quando iniciamos um negócio, traçamos planos de curto, médio e longo prazo. Então, se entre os seus planos está a posterior expansão do negócio para outros lugares que não a sua cidade e estado de origem, vale a pena ficar atento aos limites impostos por sua escolha.
O nome de uma dedetizadora que referencie o carapanã, por exemplo, pode fazer muito sentido na região Norte do Brasil, mas sentido algum nas demais regiões do país — simplesmente por não se saber que carapanã nada mais é do que nosso familiar mosquito.
E a expansão ao exterior requer cuidados ainda maiores. Pense, por exemplo, como seria difícil para a joalheria austríaca “Bunda” ou para o restaurante chinês Xi-Xi apostar no mercado brasileiro!
Além dos nomes limitadores e constrangedores, ainda é importante tomar cuidado com as palavras no diminutivo. Sua intenção pode até ser criar um nome íntimo, fofo e carinhoso, mas você corre o risco de transmitir menos credibilidade com eles.
Ainda que a empresa seja atualmente pequena, futuramente ela pode vir a crescer e precisará de um nome mais forte, que acompanhe o desenvolvimento do negócio independentemente do porte.
Por fim, Evite também os nomes com prazo de validade. Lembre-se: gírias, bordões de novela e palavras da moda não são atemporais. Portanto, podem até fazer sucesso hoje, mas estão sujeitas ao esquecimento amanhã.
10. Preste atenção às questões legais
Não adianta pensar em um ótimo nome se ele já tiver sido registrado. Por isso, pesquise bem os dados existentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e na Junta Comercial de seu estado para se certificar que aquele nome não possui já um dono.
Até porque trabalhar um nome no mercado e depois ter de abrir mão dele por questões legais é como jogar anos de trabalho no lixo.
Em poucos casos, situações como essa até conseguem ser revertidas, tendo o empreendedor de relacionar um novo nome a um produto já existente e reconhecido por outra alcunha.
Em tempos de internet, vale a pena pesquisar, ainda, se o domínio referente ao nome que você escolheu está disponível. Seria um erro considerável desprezar a potencialidade de um site de internet por conta de um domínio já registrado.
11. Não dispense a assessoria de profissionais
Se você está tendo dificuldades para escolher o nome da empresa, ou não tem certeza das opções que conseguiu criar, que tal procurar o auxílio de uma assessoria profissional?
Algumas empresas são especialistas nesse tipo de trabalho, contando com uma equipe com know how suficiente para ajudar os clientes no desenvolvimento de um bom nome para seus negócios.
Além disso, a vantagem de buscar auxílio profissional reside no fato de que a assessoria ajuda efetivamente no alinhamento do nome com sua área de atuação, público-alvo, portfólio, objetivos, visão, missão e valores da empresa.
Com certeza, isso garante uma maior consistência na utilização e consolidação da marca ao longo dos anos.
12. Atrele o nome a uma marca
Relacionar o nome de sua empresa a uma marca que incorpore um elemento visual auxilia a criação de uma identidade para o empreendimento, o que facilita o reconhecimento e a assimilação da marca pelo cliente.
Quando pensamos em Mercedes-Benz, por exemplo, pensamos em uma estrela. Já o McDonald’s nos remete logo ao “M” dourado, e a Apple nos faz pensar de cara em sua infalível maçã.
Quando a isso, assim como acontece com o nome, existem empresas especializadas na criação de marcas e logotipos, e na elaboração de elementos visuais que poderão ser incorporados ao nome que você pensou. E isso faz toda diferença no alcance de bons resultados!
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